Informações técnicas


Este blog é dedicado à divulgação das atividades do Clube de Astronomia e do Observatório Astronômico Didático Capitão Parobé do Colégio Militar de Porto Alegre.

Localização

Pátio do 1º CTA, Rua Cleveland, 250, com entrada pelo 1º CGEO, antiga 1a. DL, bairro Santa Tereza, Porto Alegre

Rio Grande do Sul – Brasil

30º03’55”SUL 51º13’04”NORTE

Altitude: 69m

Características óptico-físicas do telescópio Celestron C11

Sistema óptico: Catadióptrico Schmidt-Cassegrain; Abertura (D): 11pol (279,4mm); Distância focal do espelho primário(F): 110,2 pol (2799,1mm); Razão focal (número f) = F/D: f/10; Maior aumento útil: 660X; Menor aumento útil: 42X; Poder de resolução (s) = 11,6”/D: 0,42”; Resolução fotográfica: 200 linhas/mm; Poder de concentração de luz: 1593X; Magnitude visual limite m lim = 7,5 + 5log (D): 14,73; Foco próximo com ocular: 60’; Foco próximo com câmera: 60’; Comprimento do tubo óptico: 25 pol (635,0mm); Massa: 27,5 libras (12,5kg).

Características óptico-físicas do telescópio Celestron CPC800

Sistema óptico: Catadióptrico Schimidt-Casegrain; Abertura: 8pol (203,2mm); Distância focal: 2032mm (80”); Número f: f/10; Maior aumento útil: 480X; Menor aumento útil: 29X; Poder de resolução: 0,57”; Resolução fotográfica: 200linhas/mm; Poder de concentração de luz: 843X; Magnitude visual limite: 14,04; Comprimento do tubo óptico: 17” (43,18cm); Massa: 42 libras (19,1kg).

sábado, 19 de abril de 2014

Alunos do CMPA foram selecionados para olimpíada internacional de astronomia

  Ao final da tarde do dia 17 de abril de 2014 recebemos o comunicado que o alunoLucas HAGEMAISTER, do Terceiro Ano do Ensino Médio, e o aluno PEDRO Henrique da Silva DIAS, do Segundo Ano do Ensino Médio, ambos do CMPA fora aprovados para participar da VI Olimpíada Latino Americana de Astronomia e Astronáutica (VI OLAAA), no Uruguai no período de 10 a 16 de outubro deste mesmo ano. O aluno Hagemaister comparecerá como selecionado e o aluno Pedro Dias irá como suplente.
  O processo seletivo inciou em maio do ano passado, 2013, quando 800.000 alunos de todo o Brasil participaram da fase regional presencial da XVI Olimpíada Brasileira de Astronomia (XVI OBA), realizada nas dependências das suas respectivas escolas. Desse total, inicialmente foram selecionados pelas notas alcançadas na fase regional 1.000 alunos para participarem de uma pré-seleção visando a participação nas olimpíadas internacionais de astronomia: a OLAA, já mencionada e a 8th International Olympiad of Astronomy and Astrophysics (8th IOAA), a ser realizada no mês de agosto de 2014, em  Suceava, Romania. Ao final dessa seleção tivemos 12 alunos do CMPA colocados entre os 1000.
  Em janeiro e fevereiro de 2014 ocorreu a realização de duas provas não presenciais, online, que  também serviram para selecionar 100 alunos para a etapa final que seria presencial. Nessa etapa de realização de provas não presenciais tivemos selecionados três alunos: Lucas Hagemaister, do Terceiro Ano, Pedro Henrique da Silva Dias, do Segundo Ano e ANA PAULA Lopes Shuch, do Primeiro Ano.
  A seleção final ocorreu entre os dias 30 de março e 2 de abril passados. A equipe dos cem alunos selecionados em todo o Brasil teve que comparecer à cidade de Barra do Piraí, RJ, para participar de preparação e realização de um conjunto de provas teóricas e  práticas. Na realidade, daqueles cem alunos selecionados compareceram 52 a essa última bateria de provas.  Finalmente, desse total final tivemos nossos dois alunos selecionados.
  Agora, esses alunos participarão de estudos preparatórios focados na VI OLAAA. Esses estudos deverão acontecer sistematicamente no próprio CMPA, a cargo dos professores coordenadores do Clube de Astronomia, e em encontros promovidos pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em locais do Brasil a serem designados futuramente. Por enquanto, sabe-se que o primeiro encontro dos 15 alunos selecionados ocorrerá entre 27 de abril e 1 de maio na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais.
  Por fim, queremos salientar a qualidade do grupo de alunos como um todo durante a preparação para as diferentes etapas de seleção. E não queremos apenas salientar as qualidades dos três alunos que participaram da seleção final. Enquanto estávamos focando a preparação dos três alunos para a seleção final os outros colegas do Clube de Astronomia acompanharam as atividades com a mesma intensidade de estudos e  interesse, como se classificados fossem para a etapa final, participando dos encontros online, no Laboratório de Física, no Observatório Capitão Parobé, etc.
  Acreditamos que para o próximo ano teremos uma equipe bastante qualificada para participar de novas seletivas para os olimpíadas internacionais, muito em particular no que se refere à aluna Ana Paula e ao próprio Pedro Dias, se continuarem a se dedicar para o estudo da astronomia como têm feito até agora.
  Por fim, queremos agradecer à Associação dos Amigos do Casarão da Várzea (AACV) por ter custeado as passagens dos alunos e a passagem e despesas terrestres do professor acompanhante na viagem a Barra do Piraí, bem como ao Comandante do CMPA, à Sub-Direção de Ensino e ao Cel Leonardo ARAÚJO, pelo empenho em materializar esse resultado.

EEEF Piauí participa de atividade no Observatório Capitão Parobé

Na noite de 15 de abril, terça-feira, recebemos nas dependências do Observatório Astronômico Didático Capitão Parobé, a visita de 32 alunos do Quinto Ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Piauí (sito à Rua Gregório da Fonseca, 91, Nonoai, Porto Alegre, RS). Coordenados pelos professores Luiz Carlos GOMES e Gentil Cesar BRUSCATO, os alunos e sua professora, Eugenia Porto dos Santos, a Supervisora Escolar Alessandra Silveira e o Cap QAO R/1 MARIO Antonio dos Santos fizeram uma bela apreciação do céu aproveitando a noite que se apresentava muito limpa para a realização de observações astronômicas. Iniciamos com um "passeio" à vista desarmada pelas principais constelações visíveis na noite: zodíaco, Cruzeiro do Sul, as "três marias" de Órion, entre tantas. Em seguida, tanto com a vista desarmada, quanto com o telescópio Celestron CPC80, observamos os planetas Júpiter, Marte e Saturno, bem como a Lua, que se encontrava na fase cheia. Os alunos, principalmente, vibravam a cada observação. Foi um trabalho muito tranquilo todos os alunos demonstraram estar bem preparados pela professora para participar do evento. Ao final das atividades, na hora das despedidas, cada participante ganhou um postal do Observatório e um livro de astronomia para ser disponibilizado na biblioteca da sala de aula da turma.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Eclipse total da Lua


Na madrugada do dia 15 de abril de 2014 ocorreu um eclipse total da Lua. Esse fenômeno acontece quando a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua projetando sua sombra sobre nosso satélite natural. De outro modo, quando a Lua penetra no cone de sombra da Terra.


Apesar da Lua, durante o eclipse, se encontrar dentro do cone de sombra da Terra nós ainda continuamos enxergando a Lua com uma cor avermelhada, o que popularmente é chamado de "fenômeno da lua sangrenta, da lua de sangue". Como pode isso? Quando a Lua está no cone de sombra não era para ficar escura, sem poder ser enxergada? Afinal nós só enxergamos objetos que emitem ou que refletem a luz. Se a Lua não emite luz nós só podemos enxergá-la pela reflexão da luz do Sol em sua superfície. Seguindo este raciocínio, se nós ainda vemos a Lua, mesmo que seja com uma cor avermelhada, é porque a Lua ainda reflete luz.

Mas o que ocorre então para continuarmos vendo a Lua mesmo estando no cone de sombra da Terra durante os eclipses totais da Lua?

A Terra tem uma atmosfera que, por refração, dispersa a radiação luminosa proveniente do Sol. Essa dispersão tem como efeito a separação das radiações de diferentes comprimentos de onda. O fenômeno mais conhecido referente à dispersão é o arco-íris, resultante da dispersão da luz do Sol nas gotículas de água da atmosfera (que pode ser visto em uma das fotos obtidas pela nossa equipe). Uma vez dispersados os raios luminosos do Sol, ocorre o espalhamento, cujo efeito mais espetacular é a coloração azul de nossa atmosfera. As moléculas dos gases constituintes de nossa atmosfera funcionam como espelhos para as radiações visíveis de menor comprimento de onda, principalmente o azul. A luz do Sol ao penetrar na atmosfera tem sua luz azul espalhada em todas as direções nos dando aquela ideia de existir uma abóbada azul sobre nossas cabeças. Uma vez que as radiações azuis são espalhadas, as outras radiações de maior comprimento de onda (laranja, amarelo e vermelho) atravessam totalmente a atmosfera. Essas radiações são melhor apreciadas no nascer e no por do Sol. Como nessas duas situações essas radiações se projetam tangencialmente à superfície da Terra, elas atravessam completamente a atmosfera compondo a luminosidade do cone de sombra da Terra.

É por isto que continuamos vendo a Lua num tom avermelhado mesmo estando no cone de sombra da Terra. Na verdade o cone de sombra da Terra fica fracamente iluminado por raios luminosos em tom avermelhado.

Durante a madrugada em que ocorreu o eclipse a equipe do Observatório Astronômico Didático Capitão Parobé observou e registrou algumas imagens deste eclipse total da Lua, das quais algumas estão postadas ao longo do texto. Para esse registro foi utilizada uma câmera fotográfica digital Nikon D3100 com lentes de 55mm, 200mm e ainda imagens obtidas diretamente da ocular de 40mm do telescópio Celestron CPC 800.

Para saber mais:

http://science.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/2014/27mar_tetrad/

science.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/2014/27mar_tetrad/